A pregação bíblica nunca esteve tão escassa nos nossos dias. Tal qual nos tempos do profeta Samuel, ela anda rara, escassa e limitada (1 Samuel 3.1). A pregação bíblica é uma lei, imperativo e mandamento. Nas palavras de Paulo: prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina.  (2 Timóteo 4.2)

Diante disso, partiremos deste ponto: a Palavra é à base de toda reflexão e exposição. Seja qual modalidade for (temática, textual e expositiva), à pregação tem a necessidade de colocar a Bíblia na centralidade da experiência cristã. Vejamos outros pontos importantes para elaboração de séries de mensagens.

Primeiro Ponto. A necessidade: Qual a necessidade da igreja? Esse assunto é relevante para a igreja?

 

Segundo Ponto. A escolha: O assunto será uma exposição de livros da Bíblia, capítulos ou versículos e etc.? O assunto é um tema que não encontra o texto específico na Palavra, mas, que pode ter dela parâmetros? (aborto, vícios, cultura e etc.)

 

Terceiro Ponto. Desenvolvimento: A partir das necessidades e escolhas vistas, podemos então desenvolver as séries. Fazendo os levantamentos necessários na igreja local (uma pesquisa com os cristãos e etc.) e o material a ser utilizado.

 

Quarto Ponto. Devocionalidade: Certamente, não oramos somente para pregar, a oração deve ser uma constante em nossa vida. Porém, certamente oramos tanto para que nossa mente e os ouvintes compreendam a Palavra e a vivam. Por isso, todo esse processo, da necessidade, escolha e desenvolvimento, tem a oração como ser levada a sério.

 

Quinto Ponto. Justificativa: Temos principalmente no meio pentecostal uma resistência a séries. Umas das justificativas, deve-se pela ideia de que uma pregação estudada e pré-agendada, seria um “aprisionamento” da ação do Espírito. Quanto mais uma série.

Porém, este argumento é falho, pois o meio ordinário de Deus falar conosco é por meio da Palavra de Deus (Romanos 15.4). Da leitura e meditação na Bíblia. A profecia é um fenômeno extraordinário (1 Coríntios 12.7, 9). Não teria razão de o Espírito formar uma “biblioteca” durante 1600 anos, com cerca de 40 autores e 66 livros, para desprezarmos a exposição sistemática das Escrituras. Devemos seguir nosso Mestre, que diante de tristezas enfrentadas por dois de seus discípulos, que pensavam Jesus não ter ressuscitado.  Ele conversou sistematicamente:

Ó néscios e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram! Porventura, não convinha que o Cristo padecesse e entrasse na sua glória? E, começando por Moisés, discorrendo por todos os Profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras. (Lucas 24.25-27)

 

Por Andrei Sampaio Soares,

Teólogo, professor do CETAP, escritor do DEC e articulista do Além Portal.